E de como escrever também é "como as cerejas"...
Aqui há uns tempos descobri, através do FB e de uma colega das Ciências, uma Ning de FQ
Espreitei, isto é, inscrevi-me e descubro uma interessante partilha de conhecimento entre profs e alunos sobre FQ
Um trabalho elaborado no âmbito de um doutoramento, descubro a seguir.
A administradora é aluna de doutoramento, lá mais para o Sul do país e descobrimos que ambas éramos bolseiras do ME
Mais tarde, adicionou-me a um grupo fechado do FB, só para profs de FQ
Mais tarde ainda, num Congresso, encontro uma "amiga" comum na rede e não só, uma colega de escola da autora da Ning que está a fazer mestrado e a trabalhar no ME, destacada
No dia 28 foi dia de exame de FQ de 11.º ano
O grupo do FB discute e analisa o exame, critérios de correcção e as questões do costume, dúvidas de como corrigir certas questões e isso...
Vou continuar "longe" da escola ou mais precisamente, longe dos alunos no próximo ano, pois a escola está sempre aqui e bem perto
Continuo sem sentir saudades. Tenho pensado nisso.
Tanto ano de escola, tanto ano na escola fazem com que a escola não tenha segredos já para mim?
Vêm aí mudanças - parece - mas antecipo a reacção dos colegas, da organização. Será isso?
Costumo dizer que quando regressar à escola, tudo vai estar diferente.
É. Vai. Até pode ser um mega-agrupamento. Sistemicamente até pode ficar ou estar diferente.
Mas as pessoas continuam as mesmas. As diferenças não vão ser assim tantas...
Eu vou estar diferente, aconteça o que acontecer.
Vou escrever. Vou passar a escrever. Não requerimentos, nem actas, nem relatórios, nem regulamentos ou outras coisas que tais. Quer dizer, vou fazer isso "de olhos fechados".
Mas vou escrever, de olhos bem abertos, sobre tudo o que aprendi a "ver".
Se acabar o doutoramento, em que se pensa, pesquisa e escreve tanto, vou continuar a fazê-lo mas com o objectivo de tentar divulgar o que se passa dentro da escola.
A escola está muito fechada a todos. A todos. Até à comunidade educativa, escolar ou o que quer que se lhe queira chamar.
A escola entra na casa de todos os portugueses, todos os dias. Os filhos falam da escola. Os pais querem "notas" e bons professores. Mas todos dizem mal dos professores e da escola. Alguns dizem bem.
Alguns, com responsabilidade, dizem inverdades sobre o que se passa na escola.
Não é possível continuar a ler-se crónicas disparatadas nos media sobre o que é a escola, os alunos, as estatísticas e etc...
Não sei como o vou fazer. Só sei que o vou fazer...
Como aprendente, tenho vindo a navegar em mares, oceanos mesmo, muito diferentes.
Não sei como tem sido possível, não sei como é possível haver tantos professores portugueses, que com horários sobrecarregadíssimos na escola, sem incentivos para fazerem formações, sem dias no horário de trabalho para o fazerem, sem direcções compreensivas para o poderem fazer... o fazem!
Um ministério ou um país que não valoriza o mérito dos que fazem um esforço hercúleo - em todos os sentidos - para saber e compreender sempre mais, não pode nunca melhorar...
Hoje conversava com um colega das mesmas andanças que a observação de 2, 3 ou até mais aulas não serve, por si só para avaliar professores. Serve para desocultar muita coisa, sim mas é apenas um grão de areia no "deserto" que é a profissionalidade docente.
E falávamos de que ninguém valoriza o investimento dos professores que fazem formação e dos excelente que se dão aos amigos que dão prendas aos directores.
Parece ridículo, é ridículo, completamente ridículo mas acontece, nas escolas desse Portugal inteiro...
E porque hoje falei sobre autoavaliação da escola.
E porque fui moderadora de substituição
E porque passamos dois dias a falar de escola e de TIC e de...