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It is not enough to have knowledge, one must also apply it.
It is not enough to have wishes, one must also accomplish
.
Johann von Goethe


Sorriso..., inquietude, persistência, energia, conhecimento, acção, querer, determinação, resiliência... sempre!
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segunda-feira, abril 30, 2012

Determinação...

Não, não vou por aí!
Só vou por onde me levam os meus próprios passos...
...
Não sei por onde vou
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí

José Régio in Cântico Negro

terça-feira, janeiro 10, 2012

E o tempo passa...

Há três anos, no mês de Janeiro, iniciámos aquilo que sempre designamos por PG.
Éramos cerca de 25.
Uma turma a estrear uma formação especializada acabada de criar, em tema emergente.
Uma turma muito, mas muito peculiar (já fiz parte de algumas mas esta... muito peculiar, mesmo)
Não nos conhecíamos.
A PG foi muito exigente.
A unir-nos, o sermos professores.
Aulas, muitas.
Horas imensas.
Sextas e sábados.
(o que leva professores, cheios de trabalho, a sacrificarem também os sábados, à procura de mais conhecimento? porque são diferentes de tantos outros?)
Intervalos de troca de ideias.
Aulas em que a planificação dos professores era completamente subvertida pela "participação" dos alunos.
(Recordo que fazia montes de comentários e perguntas muito "impertinentes" - havia uma colega que dizia que eu devia estar calada porque os professores ficavam com má impressão - (eu dizia-lhe que era muito inconsciente, dava uma gargalhada e... continuava com a minha impertinência).
O que ouvia interpelava imenso o meu pensamento, a minha consciência. Durante aquelas aulas, de que não perdia pitada, os meus neurónios mexiam-se tanto, que às vezes nem conseguia ficar quieta no meu lugar. Dava por mim a pensar: "Mas onde estive eu estes últimos 8 anos?!"
O meu lugar, "a minha carteira", foi sempre o mesmo, lá mais para o fundo para ver bem as apresentações, do princípio ao fim das aulas presenciais.
Lembro-me de dar conta, de repente, que muitos mudaram de lugar e, a dada altura, estava rodeada de "conforto".
Lembro-me de me lembrar de tirar fotos para mais tarde recordar.
Numa das aulas, levantei-me e subi para cima das cadeiras primeiro, das mesas depois, para fotografar o sentir das nossas aulas.
Os colegas ficaram estupefactos e alternavam o olhar entre mim e a Professora.
A Professora tinha concordado com a minha proposta prévia e lembro-me de ter respondido prazenteiramente: "Claro Cornélia. Eu nasci para o palco!" E rimo-nos as duas.
Depois de novo, quando a Professora explicou por que é que eu estava em cima da mesa a disparar.
Gosto muito destas partidas. São brincadeiras e interrupções que em nada beliscam o saber. Pelo menos, o meu. Gosto muito deste nonsense.
Quando sou eu a responsável pelas turmas, quando dou aulas, gosto de ir percebendo, aos pouquinhos, quando é que posso surpreender os alunos (normalmente resulta; às vezes não gostam...)
A meio da PG, surge a hipótese de fazer doc. Não penso muito.
Decido.
Concorro.
Sou aceite.
Tive de conciliar as aulas e os trabalhos de ambos os cursos mas as aprendizagens já efetuadas na PG deram-me uma base muito confortável para o doc e depois... acho que sou lenta mas tenho muita capacidade de trabalho. Não sei se isso é bom, quer dizer, em alguns contextos, até nem é nada bom, pensando melhor. Torno-me impaciente, acho que já devíamos ir mais à frente. Sim, grande defeito este...
Alguns poucos colegas dos mais próximos resolvem seguir para mestrado.
Cheios de medo.
Alguns desistiram.
Mas hoje e ontem, passados 3 anos, duas colegas apresentam as suas provas de mestrado.
À OB não vou perdoar não me ter avisado, sabendo que eu queria assistir.
À CD agradeço ter-me avisado.
Um tema muito bonito (que ela sabe que gosto).
E a oportunidade de ouvir uma arguente... de que gostei muito: críticas muito subtis, elogios declarados, propostas de trabalho futuro.
Perguntava eu às 2 colegas "Já pensaram se pensaram há 3 anos que hoje iriam estar aqui, neste ponto, com uma PG e um mestrado feitos?"

Numa tese onde se falou do poder das metáforas para ensinar e aprender
e na qual a arguente lembrou este filme...
E porque... esta prof de FQ também acha que sim...
E como disse um colega no FB há pouco "Que vontade de rever o filme!"
Gosto sempre de ir/voltar à Universidade a estas comunhões de ideias.
Saímos sempre mais revigorados.
Vou fazê-lo enquanto puder...
(Na última aula da última unidade curricular do doc disse, já com saudades, "Tão cedo não volto aos bancos de escola..."
Sei lá!
Quem sabe...?)

domingo, novembro 06, 2011

...e porque é bonito...

Amo-te Por Todas as Razões e Mais UmaPor todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar. 
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras. 
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões. 
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu. 

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum' 

terça-feira, julho 05, 2011

Porque gosto da Primavera...

"Se soubesse que amanhã morria..."
eu cá não ia achar piada nenhuma...
Pedro Lamares, fantástico como diseur...

quarta-feira, junho 15, 2011

terça-feira, junho 14, 2011

Mas pode ser todos os dias...

Eu tenho ideias e razões,
Conheço a cor dos argumentos
E nunca chego aos corações. 

Fernando Pessoa

Devia ter sido ontem...

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada
Fernando Pessoa
                                                                                                     by J Torres

sexta-feira, abril 29, 2011

Cansaço...

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço. 
Fernando Pessoa

não guardava aqui nada do género há algum tempo.
E encontrei esta frase de uma forma muito engraçada. Escrita. Hoje, que ouvi tantas frases bonitas ditas...
Daqui a algum tempo não sei se me vou lembrar como encontrei hoje esta mas aqui fica...

sábado, fevereiro 05, 2011

Um pouco mais de nós...

Um Pouco Mais de Nós
 
Podes dar uma centelha de lua,
um colar de pétalas breves
ou um farrapo de nuvem;
podes dar mais uma asa
a quem tem sede de voar
ou apenas o tesouro sem preço
do teu tempo em qualquer lugar;
podes dar o que és e o que sentes
sem que te perguntem
nome, sexo ou endereço;
podes dar em suma, com emoção,
tudo aquilo que, em silêncio,
te segreda o coração;
podes dar a rima sem rima
de uma música só tua
a quem sofre a miséria dos dias
na noite sem tecto de uma rua;
podes juntar o diamante da dádiva
ao húmus de uma crença forte e antiga,
sob a forma de poema ou de cantiga;
podes ser o livro, o sonho, o ponteiro
do relógio da vida sem atraso,
e sendo tudo isso serás ainda mais,
anónimo, pleno e livre,
nau sempre aparelhada para deixar o cais,
porque o que conta, vendo bem,
é dar sempre um pouco mais,
sem factura, sem fama, sem horário,
que a máxima recompensa de quem dá
é o júbilo de um gesto voluntário.

E, afinal, tudo isso quanto vale ?
Vale o nada que é tudo
sempre que damos de nós
o que, sendo acto amor, ganha voz
e se torna eterno por ser único e total.

José Jorge Letria

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Miguel Torga

"Naquela tarde, à hora em que o céu se mostrava mais duro e mais sinistro, Vicente abriu as asas negras e partiu" (Torga, "Bichos")
Mais fácil esperar pelos dias de Sol e que os ramos de oliveira cresçam para se fazer à vida. Não dá! Às vezes é preciso ser Vicente.
ikddasadfdqurjrqidadasajh

sábado, janeiro 01, 2011

Miguel Torga

«...Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...» 
Miguel Torga

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Sra. Professora...

Ensinarás
Ensinarás a voar…
Mas não voarão
O teu voo
Ensinarás a sonhar…
Mas não sonharão
O teu sonho.
Ensinarás a viver…
Mas não viverão
A tua vida.
Ensinarás a cantar…
Mas não cantarão
A tua canção.
Ensinarás a pensar…
Mas não pensarão
Como tu.
Porém saberás
Que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantem
E pensem…
Estará a semente
Do caminho
Ensinado e aprendido.
Madre Teresa de Calcutá

sábado, novembro 06, 2010

Um dia destes...

"Um dia desses,
eu separo um tempinho
e ponho em dia
todos os choros
que eu não tenho tido tempo de chorar."
 C D de Andrade

quinta-feira, novembro 04, 2010

E-poemas de Ferreira Gullar, Prémio Camões, 2010

http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/epoemas/marazul.htm

e mais... sobre Ferreira Gullar 


http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/

quinta-feira, outubro 21, 2010

Loucura...

Descobri que sou inteiramente louca.
Louca de pedra
De pau
De ferro
De aço
De louça
E quebro à toa.
M Carmem Barbosa