Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Álvaro de Campos
Mostrar mensagens com a etiqueta Poemas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Poemas. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, julho 25, 2012
segunda-feira, abril 30, 2012
domingo, novembro 06, 2011
...e porque é bonito...
Amo-te Por Todas as Razões e Mais UmaPor todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'
terça-feira, julho 05, 2011
Porque gosto da Primavera...
"Se soubesse que amanhã morria..."
eu cá não ia achar piada nenhuma...
Pedro Lamares, fantástico como diseur...
eu cá não ia achar piada nenhuma...
Pedro Lamares, fantástico como diseur...
terça-feira, junho 14, 2011
Devia ter sido ontem...
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada
Fernando Pessoa
by J Torres
sexta-feira, abril 29, 2011
Cansaço...
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
Fernando Pessoa
Já não guardava aqui nada do género há algum tempo.
E encontrei esta frase de uma forma muito engraçada. Escrita. Hoje, que ouvi tantas frases bonitas ditas...
Daqui a algum tempo não sei se me vou lembrar como encontrei hoje esta mas aqui fica...
Daqui a algum tempo não sei se me vou lembrar como encontrei hoje esta mas aqui fica...
sábado, fevereiro 05, 2011
Um pouco mais de nós...
Um Pouco Mais de Nós
Podes dar uma centelha de lua,
um colar de pétalas breves
ou um farrapo de nuvem;
podes dar mais uma asa
a quem tem sede de voar
ou apenas o tesouro sem preço
do teu tempo em qualquer lugar;
podes dar o que és e o que sentes
sem que te perguntem
nome, sexo ou endereço;
podes dar em suma, com emoção,
tudo aquilo que, em silêncio,
te segreda o coração;
podes dar a rima sem rima
de uma música só tua
a quem sofre a miséria dos dias
na noite sem tecto de uma rua;
podes juntar o diamante da dádiva
ao húmus de uma crença forte e antiga,
sob a forma de poema ou de cantiga;
podes ser o livro, o sonho, o ponteiro
do relógio da vida sem atraso,
e sendo tudo isso serás ainda mais,
anónimo, pleno e livre,
nau sempre aparelhada para deixar o cais,
porque o que conta, vendo bem,
é dar sempre um pouco mais,
sem factura, sem fama, sem horário,
que a máxima recompensa de quem dá
é o júbilo de um gesto voluntário.
E, afinal, tudo isso quanto vale ?
Vale o nada que é tudo
sempre que damos de nós
o que, sendo acto amor, ganha voz
e se torna eterno por ser único e total.
José Jorge Letria
Podes dar uma centelha de lua,
um colar de pétalas breves
ou um farrapo de nuvem;
podes dar mais uma asa
a quem tem sede de voar
ou apenas o tesouro sem preço
do teu tempo em qualquer lugar;
podes dar o que és e o que sentes
sem que te perguntem
nome, sexo ou endereço;
podes dar em suma, com emoção,
tudo aquilo que, em silêncio,
te segreda o coração;
podes dar a rima sem rima
de uma música só tua
a quem sofre a miséria dos dias
na noite sem tecto de uma rua;
podes juntar o diamante da dádiva
ao húmus de uma crença forte e antiga,
sob a forma de poema ou de cantiga;
podes ser o livro, o sonho, o ponteiro
do relógio da vida sem atraso,
e sendo tudo isso serás ainda mais,
anónimo, pleno e livre,
nau sempre aparelhada para deixar o cais,
porque o que conta, vendo bem,
é dar sempre um pouco mais,
sem factura, sem fama, sem horário,
que a máxima recompensa de quem dá
é o júbilo de um gesto voluntário.
E, afinal, tudo isso quanto vale ?
Vale o nada que é tudo
sempre que damos de nós
o que, sendo acto amor, ganha voz
e se torna eterno por ser único e total.
José Jorge Letria
quarta-feira, dezembro 29, 2010
Sra. Professora...
Ensinarás
Ensinarás a voar
Mas não voarão
O teu voo
Ensinarás a sonhar
Mas não sonharão
O teu sonho.
Ensinarás a viver
Mas não viverão
A tua vida.
Ensinarás a cantar
Mas não cantarão
A tua canção.
Ensinarás a pensar
Mas não pensarão
Como tu.
Porém saberás
Que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantem
E pensem
Estará a semente
Do caminho
Ensinado e aprendido.
Ensinarás a voar
Mas não voarão
O teu voo
Ensinarás a sonhar
Mas não sonharão
O teu sonho.
Ensinarás a viver
Mas não viverão
A tua vida.
Ensinarás a cantar
Mas não cantarão
A tua canção.
Ensinarás a pensar
Mas não pensarão
Como tu.
Porém saberás
Que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantem
E pensem
Estará a semente
Do caminho
Ensinado e aprendido.
Madre Teresa de Calcutá
quinta-feira, novembro 04, 2010
E-poemas de Ferreira Gullar, Prémio Camões, 2010
http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/epoemas/marazul.htm
e mais... sobre Ferreira Gullar
http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/
http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/
quinta-feira, agosto 05, 2010
Era uma vez...
Era uma vez um químico, um físico e um biólogo que foram à praia pela primeira vez.
Quando o físico olhou para o mar disse: "Gostaria de estudar a cinética dos fluídos". Entrou no mar e não voltou.
Depois, o biólogo olhou para o mar e disse: "Gostaria de estudar a fauna e a flora marinhas". Também entrou no mar e não voltou.
Por fim, o químico ficou algum tempo a olhar para o mar, pegou no seu caderninho de notas e escreveu: "Físicos e biólogos são solúveis em água".
Ora como sou aparentada do químico, espero, pois, não me afogar neste meu mar... :-)
Quando o físico olhou para o mar disse: "Gostaria de estudar a cinética dos fluídos". Entrou no mar e não voltou.
Depois, o biólogo olhou para o mar e disse: "Gostaria de estudar a fauna e a flora marinhas". Também entrou no mar e não voltou.
Por fim, o químico ficou algum tempo a olhar para o mar, pegou no seu caderninho de notas e escreveu: "Físicos e biólogos são solúveis em água".
Ora como sou aparentada do químico, espero, pois, não me afogar neste meu mar... :-)
domingo, maio 23, 2010
Porque "em toda a parte só se aprende com quem se gosta"...
Quero ser teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente calmamente, ser-se paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher esse teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias....
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente calmamente, ser-se paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher esse teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias....
Fernando Pessoa
quinta-feira, março 04, 2010
Há um tempo...
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre,
à margem de nós mesmos.
F. Pessoa
(via F Martins, FB)
segunda-feira, março 01, 2010
Ser amigo...
Quero ser teu amigo
nem demais nem de menos
nem tão longe e nem tão perto
na medida mais precisa que eu puder
mas amar-te como próximo, sem medida,
e ficar sempre em tua vida
da maneira mais discreta que eu souber
sem tirar-te a liberdade
sem jamais te sufocar
sem forçar a tua vontade
sem falar quando for a hora de calar
e sem calar quando for a hora de falar
nem ausente nem presente por demais,
simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo,
mas confesso,
é tão dificil aprender,
por isso, eu te peço paciência
vou encher este teu rosto
de alegrias, lembranças!
Dê-me tempo
de acertar nossas distâncias.
nem demais nem de menos
nem tão longe e nem tão perto
na medida mais precisa que eu puder
mas amar-te como próximo, sem medida,
e ficar sempre em tua vida
da maneira mais discreta que eu souber
sem tirar-te a liberdade
sem jamais te sufocar
sem forçar a tua vontade
sem falar quando for a hora de calar
e sem calar quando for a hora de falar
nem ausente nem presente por demais,
simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo,
mas confesso,
é tão dificil aprender,
por isso, eu te peço paciência
vou encher este teu rosto
de alegrias, lembranças!
Dê-me tempo
de acertar nossas distâncias.
Fernando Pessoa
relembrado por uma "amiga" do FB
domingo, fevereiro 28, 2010
Fazer o que ainda não foi feito... ´bora lá!
Gosto destes encontros...
"...Declare-se apaixonado antecipadamente. Depois encontre um jeito de pagar.
Ame por empréstimo.
Ame devendo.
Ame falindo.
Mas não crie arrependimentos por aquilo que não foi feito.
Sejamos mais reais em nossas dores.
Tudo o que não aconteceu é perfeito.
Dê chance para a imperfeição. Insista.
Estou cansado de me defender - sou só ataque.
Insisto."
Fabrício Carpinejar
sábado, fevereiro 27, 2010
Inspiração...
Inspiração
Encontro sempre a inspiração
Quando me sento e escrevo.
Páro, penso, apago,
Risco, rasgo, suspiro...
Até rolar uma lágrima pela minha mão.
Então, a inspiração vem.
Vem devagar, vem de mansinho
E senta-se à minha beira.
Depois... tira a palavra certa
Do fundo da algibeira.
A inspiração
é minha parceira.
Quando me apetece apagar
Ajuda-me a erguer
Quando me apetece deitar
Não me deixa esmorecer.
É assim a inspiração...
É vontade
É dom
É ilusão
É sim
Por vezes... não.
Encontro sempre a inspiração
Quando me sento e escrevo.
Páro, penso, apago,
Risco, rasgo, suspiro...
Até rolar uma lágrima pela minha mão.
Então, a inspiração vem.
Vem devagar, vem de mansinho
E senta-se à minha beira.
Depois... tira a palavra certa
Do fundo da algibeira.
A inspiração
é minha parceira.
Quando me apetece apagar
Ajuda-me a erguer
Quando me apetece deitar
Não me deixa esmorecer.
É assim a inspiração...
É vontade
É dom
É ilusão
É sim
Por vezes... não.
Clara Dias, Fev 2010
sábado, fevereiro 20, 2010
O começo de um livro é precioso...
Não há mais sublime sedução do que saber esperar alguém.
Compor o corpo, os objectos em sua função, sejam eles
A boca, os olhos, ou os lábios. Treinar-se a respirar
Florescentemente. Sorrir pelo ângulo da malícia.
Aspergir de solução libidinal os corredores e a porta.
Velar as janelas com um suspiro próprio. Conceder
Às cortinas o dom de sombrear. Pegar então num
Objecto contundente e amaciá-lo com a cor. Rasgar
Num livro uma página estrategicamente aberta.
Entregar-se a espaços vacilantes. Ficar na dureza
Firme. Conter. Arrancar ao meu sexo de ler a palavra
Que te quer. Soprá-la para dentro de ti -------------------
---------------------------- até que a dor alegre recomece.
Compor o corpo, os objectos em sua função, sejam eles
A boca, os olhos, ou os lábios. Treinar-se a respirar
Florescentemente. Sorrir pelo ângulo da malícia.
Aspergir de solução libidinal os corredores e a porta.
Velar as janelas com um suspiro próprio. Conceder
Às cortinas o dom de sombrear. Pegar então num
Objecto contundente e amaciá-lo com a cor. Rasgar
Num livro uma página estrategicamente aberta.
Entregar-se a espaços vacilantes. Ficar na dureza
Firme. Conter. Arrancar ao meu sexo de ler a palavra
Que te quer. Soprá-la para dentro de ti -------------------
---------------------------- até que a dor alegre recomece.
Maria Gabriela Llansol
O começo de um livro é precioso (2003)
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
...
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi:
não soube que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo Neruda
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Por querer mais do que a vida, sou a sombra do que eu sou...
Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
Eu vi
Mas não agarrei
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
Eu vi
Mas não agarrei
Capitão Romance, Ornatos Violeta
(obrigada Alexandra C.)
(obrigada Alexandra C.)
terça-feira, fevereiro 02, 2010
Sophia... outra vez
Mas encontrei o que procurava:
MÃOS
Côncavas de ter
Longas de desejo
Frescas de abandono
Consumidas de espanto
Inquietas de tocar e não prender
MÃOS
Côncavas de ter
Longas de desejo
Frescas de abandono
Consumidas de espanto
Inquietas de tocar e não prender
a propósito de uma "lição" de RC, em 01 Fev 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)