Encontro sempre a inspiração
Quando me sento e escrevo.
Páro, penso, apago,
Risco, rasgo, suspiro...
Até rolar uma lágrima pela minha mão.
Então, a inspiração vem.
Vem devagar, vem de mansinho
E senta-se à minha beira.
Depois... tira a palavra certa
Do fundo da algibeira.
A inspiração
é minha parceira.
Quando me apetece apagar
Ajuda-me a erguer
Quando me apetece deitar
Não me deixa esmorecer.
É assim a inspiração...
É vontade
É dom
É ilusão
É sim
Por vezes... não.
Clara Dias, Fev 2010